Movimentos estranhos no céu: este cometa pode ser a Estrela de Belém que mudou a história!
A Estrela de Natal, também conhecida como Estrela de Belém, ocupa um lugar central nos presépios tradicionais — e no imaginário coletivo: um farol que teria guiado os Reis Magos até o local do nascimento de Jesus. Normalmente é representada como uma luz intensa ou um cometa pairando sobre o berço da criança.
Essa imagem popular tem origem em uma passagem do Evangelho de Mateus, mas o seu significado real vem suscitando curiosidade, interpretações religiosas e debates científicos por séculos. A pergunta que persiste é simples e provocadora: a Estrela foi um sinal sobrenatural, uma metáfora astrológica ou um fenômeno celeste observável?
O cometa de 5 a.C. — uma explicação astronômica surpreendente

Pesquisas recentes propuseram uma hipótese ousada: que a “estrela” mencionada por Mateus poderia corresponder à observação de um cometa com um movimento aparente anômalo. Segundo essa linha de investigação, anais astronômicos antigos — incluindo registros chineses — descrevem um cometa cerca de 5 a.C. que, devido à sua órbita, poderia ter apresentado um comportamento visual atípico para observadores na Terra.
Mark Matney, cientista planetário associado à NASA, calculou a órbita provável desse cometa e sugeriu que, em um intervalo de sua passagem, o seu movimento aparente poderia ter ficado praticamente sincronizado com a rotação terrestre. Em termos simples: por algumas horas o objeto poderia ter parecido “parado” sobre um ponto geográfico, o que coincide com a descrição do Evangelho — a estrela que ia à frente dos Magos e então se deteve sobre o local onde estava o menino.
Matney argumenta que, se um objeto interplanetário passasse à velocidade, direção, distância, posição e momento certos, seu movimento aparente poderia momentaneamente contrabalançar a rotação da Terra. O efeito resultante? Um brilho celeste que parece estacionário e, portanto, capaz de “guiar” viajantes — exatamente como Mateus descreve. Essa hipótese é apresentada como um candidato astronômico plausível para a Estrela, e foi discutida em um estudo publicado no Journal of the British Astronomical Association.
Tradição artística, interpretações culturais e limitações científicas

A ideia de que a Estrela seria um cometa ganhou força na imaginação ocidental também por influência artística. Em 1305, o pintor italiano Giotto di Bondone pintou “A Adoração dos Magos” representando a Estrela como um cometa — inspiração direta de sua observação do Cometa Halley em 1301. Desde então, a imagem do cometa como sinal celestial ficou profundamente entranhada na iconografia natalina.
Ainda assim, especialistas chamam atenção para limites importantes dessa leitura literal.
O Dr. Greg Brown, do Observatório Real de Greenwich, observa criticamente que um cometa “normal”, por mais brilhante que seja, raramente aponta permanentemente para uma direção fixa:
Devido à rotação da Terra, corpos celestes nascem no leste e se põem no oeste, mudando sua posição aparente ao longo de horas. Isso torna improvável que qualquer corpo celeste comum servisse como um marcador estático por longos períodos — salvo situações muito específicas como a que Matney descreve.
Contexto histórico: texto, tradução e tempo

Além das considerações físicas, há ressalvas históricas e textuais que temperam a hipótese. O Evangelho de Mateus foi redigido décadas após os eventos que relata — estudiosos datam-no por volta de 80–90 d.C. — e é o único dos quatro evangelhos canônicos a mencionar a estrela. A palavra grega usada no texto original, ἀστήρ (aster), foi traduzida como “estrela”, embora pudesse referir-se a um sinal celeste mais amplo — desde um astro até um presságio astrológico. Assim, a descrição pode ser tanto um relato de testemunha quanto uma moldura teológica usada pelo autor para comunicar significado simbólico.
Mesmo para quem não lê o texto bíblico de forma literal, a hipótese do cometa é sedutora:
Oferece uma ponte entre relato antigo, observações astronômicas e cultura visual. Se a Estrela de Belém teve algum fundamento em um fenômeno astronômico real, entender qual evento poderia ter inspirado a tradição ajuda a esclarecer como relatos históricos, astronomia e arte se entrelaçam na formação de mitos duradouros.

Ao mesmo tempo, é importante reafirmar cautela:
Embora o cometa de 5 a.C. proposto por Matney seja atualmente o primeiro candidato astronômico capaz de reproduzir a sensação de um objeto “parado” sobre um ponto geográfico, isso não encerra o debate. O fascínio pela Estrela é tão grande que novas hipóteses, interpretações e análises continuarão a surgir.
Para quem quiser explorar mais, vale consultar a literatura científica e os contextos culturais citados neste texto:
Artigos sobre cometas e observações históricas, análises linguísticas do Evangelho e estudos de iconografia religiosa.
O estudo que propõe explicitamente o cometa de 5 a.C. como candidato foi publicado no Journal of the British Astronomical Association, e a discussão pública sobre a hipótese teve eco em comunicados de cientistas ligados a instituições como a NASA e o Observatório Real de Greenwich.
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