O Cometa do Apocalipse: Uma profecia misteriosa ligada ao 3I/ATLAS
Uma profecia do passado que volta a assombrar o presente
Uma profecia do início do século XX voltou a causar preocupação. Riaz Ahmed Gohar Shahi, líder espiritual paquistanês e autor de A Religião de Deus (publicado em 2000), previu o fim da humanidade:
Segundo ele, um cometa seria enviado em direção à Terra, provocando destruição total.
O prazo apontado por Shahi era claro — 20 a 25 anos após a publicação — e, para muitos seguidores, o tempo estaria agora se esgotando. Essa combinação de data, promessa e símbolo religioso reacende medos em comunidades devotas e em fóruns escatológicos.
O que transforma essa profecia em manchete é um fato simples e inquietante: um objeto real está cruzando o sistema solar. Batizado de 3I/ATLAS, este é o terceiro objeto interestelar confirmado pela astronomia moderna, detectado em julho de 2025 pelo telescópio ATLAS (Asteroid Terrestrial-impact Last Alert System). Não é um visitante comum da Nuvem de Oort, mas um errante proveniente de além da influência gravitacional do Sol — um estranho que atravessa nossas fronteiras cósmicas.
A profecia e o eco histórico em Júpiter

No seu livro, Shahi descreveu que um fragmento desse cometa deveria ter atingido Júpiter como um aviso; simbolicamente, o mundo já testemunhou um impacto dramático em Júpiter quando o cometa Shoemaker–Levy 9 se desintegrou e colidiu com o gigante gasoso em 1994.
Para seguidores da profecia, esse episódio é citado como confirmação simbólica — uma espécie de prelúdio cósmico.
O próprio Gohar Shahi desapareceu em Londres em setembro de 2001, apenas um ano após publicar sua obra mais polêmica; desde então, não foi visto publicamente, alimentando rumores e teorias. Seus ensinamentos — mistura de sufismo, misticismo e escatologia — foram considerados heréticos por muitas autoridades religiosas, o que levou a proibições no Paquistão e à dispersão de seguidores em uma diáspora online.
O Fundo Messiânico Internacional, grupo ligado aos seguidores de Shahi, passou a apontar o 3I/ATLAS como possível cumprimento da profecia.

Segundo essas vozes, o cometa fará sua maior aproximação em 19 de dezembro de 2025, passando a cerca de 270 milhões de quilômetros da Terra — distância que, do ponto de vista orbital, é segura, mas que carrega forte carga simbólica para crentes.
As agências científicas — incluindo a NASA — negam qualquer risco de impacto. Comunicados oficiais reafirmam que a trajetória do 3I/ATLAS não cruza a órbita terrestre e que não existe ameaça de colisão. Ainda assim, observatórios de ponta seguiram o objeto com atenção, aproveitando a rara oportunidade de estudar um visitante interestelar.
Um corpo celestial verdadeiramente singular
Mesmo inofensivo, o 3I/ATLAS é notável: desloca-se a velocidades estimadas em torno de ~58 km/s em relação ao Sol — muito acima da média dos objetos locais — e descreve uma órbita altamente hiperbólica (excentricidade reportada em estudos), sinalizando uma passagem rápida e quase retilínea. Esses parâmetro tornam o objeto um caso de estudo fascinante para dinâmica orbital e origem interestelar.

O professor Avi Loeb, da Universidade de Harvard, lançou uma hipótese audaciosa: e se o 3I/ATLAS não for natural, mas uma sonda artificial ou artefato de inteligência externa? Loeb destaca anomalias em brilho, dimensões aparentes e comportamento orbital como pontos que merecem investigação. Essa tese gerou debates acalorados entre cientistas e mídia.
Muitos especialistas reagiram com ceticismo: classificaram as conjecturas mais radicais como especulativas e ressaltaram a necessidade de evidência robusta antes de aceitar qualquer conclusão extraordinária. A cobertura da imprensa frequentemente rotulou as hipóteses mais ousadas como teorias conspiratórias, enquanto o debate continuou a polarizar audiências.
Novas observações e mudança de cor
Observações recentes do Gemini Norte indicaram que o cometa adquiriu um brilho esverdeado — associado à emissão de carbono diatômico (C₂) — enquanto leituras anteriores registraram tons mais avermelhados, sinalizando alteração na atividade e composição ao se aproximar do Sol.

A ESA, usando o telescópio XMM-Newton, também obteve imagens em raios X durante observações prolongadas, revelando processos de interação com o vento solar.
Estudos radioastronômicos apontaram a presença de compostos orgânicos como metanol (CH₃OH) e cianeto de hidrogênio (HCN) no cometa — moléculas de interesse quando se investiga a hipótese da panspermia. Observações com arrays e radiotelescópios reforçam que esse visitante traz matéria complexa, abrindo janelas para a química de sistemas estelares distantes.
Para os crentes na profecia de Shahi, os próximos dias são de ansiedade e vigilância — preveem-se catástrofes como terremotos e tsunamis que poderiam alterar a ordem global. Para os cientistas, o 3I/ATLAS é um laboratório ambulante, inofensivo em termos de impacto, mas extraordinário em conhecimento. Para os entusiastas de vida extraterrestre, pode representar a pista mais tangível de histórias químicas e, quem sabe, tecnológicas, além do nosso sistema.

Em qualquer cenário, esse andarilho interestelar se tornou um espelho: reflete nossos medos, desejos e a vontade de encontrar sentido nas estrelas.
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