Objeto interestelar a 209.000 km/h gera alerta de Harvard: possível ‘ameaça alienígena hostil’

Um Alerta de Harvard? O Objeto Interestelar que Chocou a Comunidade Científica

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Objeto interestelar a 209.000 km gera alerta de Harvard possível ameaça alienígena hostil

Um objeto misterioso, um fenômeno cósmico do espaço profundo, está viajando pelo nosso sistema solar mais rápido do que qualquer coisa já registrada.

Sua origem desconhecida reacende a mais controversa das perguntas: seria uma sonda alienígena?

Um cometa interestelar recém-avistado está passando por nosso sistema solar a uma velocidade estonteante de 209.000 km/h, despertando interesse científico e especulações sobre sua origem — e o que mais pode existir por aí. Chamado de 3I/ATLAS, é apenas o terceiro objeto já confirmado como tendo entrado em nosso sistema vindo de fora, depois do ʻOumuamua em 2017 e do Cometa Borisov em 2019.

O Gigante ‘Perdido’: Hubble Revela o Verdadeiro Tamanho do 3I/ATLAS

As observações mais recentes do Telescópio Espacial Hubble da NASA, publicadas antes da revisão por pares no Astrophysical Journal Letters, reduziram a estimativa do tamanho do núcleo do 3I/ATLAS para algo entre 320 metros (1.000 pés) e 5,6 quilômetros (3,5 milhas) de diâmetro. Essa nova amplitude é muito menor do que as estimativas iniciais, que chegavam a 20 quilômetros (12 milhas) — mas ainda possivelmente centenas de vezes maior do que ʻOumuamua, que media aproximadamente 100 metros de comprimento.

O cometa, capturado pelo Hubble em 21 de julho de 2025, estava a mais de 445 milhões de quilômetros da Terra na época. De acordo com o cientista-chefe David Jewitt, da UCLA, o objeto exibe uma cabeleira em forma de lágrima e uma cauda de poeira, típicas de muitos cometas gelados aquecidos pelo Sol.

“O Hubble nos dá a melhor estimativa até agora”,

disse Jewitt.

Ainda assim, o núcleo do objeto permanece oculto sob aquela névoa de poeira e gás, impedindo os cientistas de medir seu tamanho ou composição exatos — por enquanto.

O Mistério da Origem: De Onde Veio o Cometa Interestelar?

Esta é uma imagem do Telescópio Espacial Hubble do cometa interestelar 3I/ATLAS. O Hubble mostra que o cometa possui um casulo de poeira em forma de lágrima, que se desprende de seu núcleo sólido e gelado. Como o Hubble estava rastreando o cometa em movimento ao longo de uma trajetória hiperbólica, as estrelas estacionárias de fundo aparecem riscadas na exposição. Imagem: NASA, ESA, David Jewitt (UCLA); Processamento de Imagem: Joseph DePasquale (STScI)

Apesar de sua alta visibilidade e velocidade, os cientistas ainda não conseguem determinar a origem do 3I/ATLAS.

Jewitt explica o desafio de forma simples:

“É como vislumbrar uma bala de rifle por um milésimo de segundo. Não é possível projetar isso com precisão para descobrir onde ela começou sua trajetória.”

A uma velocidade de 209.000 km/h, o 3I/ATLAS está se movendo rápido demais para ser capturado pela gravidade do Sol, o que significa que não é da Nuvem de Oort nem de qualquer outro lugar do sistema solar. Muito provavelmente, foi ejetado de um sistema planetário distante após bilhões de anos à deriva pelo espaço interestelar — possivelmente ganhando impulso dos campos gravitacionais de estrelas e nebulosas ao longo do caminho.

Astrônomos da NASA acreditam que isso pode ser apenas o começo.

3I/ATLAS - Universidade do Hawaii - Nasa. — 3I/ATLAS – Universidade do Hawaii – Nasa.

Jewitt observou:

“Este último turista interestelar faz parte de uma população de objetos até então não detectados que estão surgindo em cena. Cruzamos um limiar”

— referindo-se a novas e poderosas ferramentas de mapeamento como o ATLAS e o Observatório Vera Rubin, que agora são capazes de detectar objetos mais rápidos e mais tênues do espaço profundo.

A Hipótese Controversa de Harvard: Seria 3I/ATLAS uma Sonda Alienígena?

O astrofísico de Harvard Avi Loeb, conhecido por suas alegações controversas sobre a origem de Oumuamua, adicionou o 3I/ATLAS à sua lista de objetos que valem a pena serem examinados. Em comentários ao MailOnline, Loeb traçou um paralelo entre o 3I/ATLAS e o romance “Encontro com Rama”, de Arthur C. Clarke, de 1973, que imagina uma enorme nave alienígena entrando no sistema solar sem ser notada.

Loeb aponta uma anomalia estatística: se o 3I/ATLAS for tão grande quanto parece, centenas de milhares de objetos menores, do tamanho de ʻOumuamua, já deveriam ter sido observados — mas não foram.

“Isso é muito estranho”,

disse ele.

Embora não chegue a chamá-lo de alienígena, Loeb sugere que qualquer objeto interestelar incomum merece ser examinado.

“A resposta depende de suas propriedades e de sua intenção. É como ter uma visita no seu quintal”,

disse ele.

Espera-se que o 3I/ATLAS atinja seu ponto mais próximo do Sol em 30 de outubro, a cerca de 200 milhões de quilômetros de distância, entre as órbitas da Terra e de Marte. O objeto permanecerá visível a telescópios terrestres até setembro, após o qual passará por trás do Sol e ficará brevemente oculto, ressurgindo no início de dezembro.

Embora não esteja indo em direção à Terra e não represente nenhuma ameaça, o tamanho, a velocidade e a origem misteriosa do objeto estão levando os astrônomos — e alguns teóricos ousados — a olhar mais profundamente para o vasto universo.