O enigma dos sete “homens do ar” que visitaram um cientista medieval

Em 13 de agosto de 1491, Fazio Cardano descreveu a aparição de sete “homens do ar”. Conheça o texto, as análises e as implicações.

Em um quente dia de verão — 13 de agosto de 1491, em Milão — teve lugar um episódio tão estranho que, mesmo depois de mais de cinco séculos, continua a provocar espanto e debates.

Fazio (Facius) Cardano, jurista, matemático e estudioso das ciências herméticas, teria recebido a visita de sete estranhos descritos como “homens do nada”.
O relato chegou até nós principalmente através das memórias e obras de seu filho, Girolamo (Gerolamo) Cardano, que registrou muito do que sabia sobre seu pai.

Quem era Fazio Cardano (e por que devemos levar o relato a sério)

Imagem ilustrativa: Facius Cardanus conversando com Leonardo di Ser Piero da Vinci. Crédito: IA – A Chave dos Mistérios Ocultos.
Imagem ilustrativa: Facius Cardanus conversando com Leonardo di Ser Piero da Vinci. Crédito: IA – A Chave dos Mistérios Ocultos.

Fazio era uma figura respeitada no Norte da Itália renascentista: professor na Universidade de Pavia, lecionava geometria e perspectiva e era conhecido por seus estudos em ciências herméticas. Seu filho Girolamo tornou-se um dos maiores polímatas do século XVI, e foi ele quem preservou o relato do encontro em obras posteriores. A obra onde esse tipo de material aparece compilado é o famoso De Subtilitate Rerum, fonte essencial para entender os relatos e anotações familiares.

Segundo o testemunho deixado por Girolamo, por volta das 20h daquele dia, depois das tarefas diárias de Fazio, sete homens se materializaram na cozinha/escritório do estudioso. Vestiam túnicas de seda parecidas com togas e sapatos brilhantes; dois deles trajavam indumentárias mais luxuosas, com couraças avermelhadas e tecidos púrpura descritos como “extremamente magníficos e belas”.

Surpreendente para leitores modernos: Fazio não entrou em pânico. Segundo o filho, ele acreditava manter comunicações com seres invisíveis e dizia possuir um “espírito guardião” — contexto que ajuda a entender sua reação curiosa e investigativa.

O que disseram os visitantes

Girolamo Cardano.
Girolamo Cardano.

Os visitantes disseram ser “povos do ar”: nasciam e morriam como humanos, porém viviam muito mais — relatos falam em vidas de até trezentos anos. A conversa, que durou mais de três horas, versou sobre temas filosóficos profundos: imortalidade da alma, a natureza do universo e até a origem do mundo. Houve divergência entre eles: alguns negavam que o mundo tivesse sido criado desde a eternidade; outros defendiam que Deus recriava o universo momento a momento.

Um detalhe notável: um dos visitantes citou obras e ideias associadas a Averróis e disse ser averroísta — referência erudita surpreendente para a época.

O relato admite várias leituras — cada qual com implicações distintas:
  • Leitura mística/ocultista: manifestações do mundo espiritual, familiares ou entes do cosmo oculto — coerente com o ambiente renascentista em que alquimia, magia e erudição coexistiam.
  • Hipótese alienígena / proto-OVNI: autores contemporâneos que compilaram relatos antigos o apontam como um possível encontro com inteligência extraterrestre anterior a grandes viagens oceânicas; obras como Wonders in the Sky reúnem muitos casos semelhantes ao longo da história.
  • Explicação literária/psicológica: o episódio pode ser memória colorida, anedota instrutiva ou construção narrativa do período — Girolamo mistura fatos, interpretação e conto em seus escritos, exigindo cautela ao aceitar o relato literalmente.

Impacto cultural e literário

Imagem ilustrativa – Crédito: IA – A Chave dos Mistérios Ocultos.
Imagem ilustrativa – Crédito: IA – A Chave dos Mistérios Ocultos.

Relatos como esse alimentaram o imaginário de escritores posteriores. No século XVII, autores satíricos e utópicos exploraram viagens e encontros com outros mundos — a obra A Voyage to the Moon de Savinien de Cyrano de Bergerac é um exemplo de como ideias sobre visitantes e mundos outros circularam e inspiraram ficção.

1. É um documento sobre o pensamento renascentista: mostra como ciência, teologia e magia se entrelaçavam.
2. Desafia rótulos modernos: místico, delirante ou extraterrestre — e força o leitor a considerar contextos históricos antes de rotular.
3. Para editores e produtores de conteúdo, casos assim unem história e mistério — ingrediente perfeito para alto tempo de permanência e compartilhamento.



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